As primeiras famílias indígenas afetadas pela cheia do rio Acre, em Rio Branco, foram encaminhadas pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) para um abrigo na escola Madre Hidelbranda da Prá, localizada no bairro Cidade Nova, em Rio Branco.
A vice-governadora e titular da pasta, Mailza Assis, acompanhada da titular da Secretaria Extraordinária de Povos Indígenas (Sepi), Francisca Arara, e do coordenador da Defesa Civil Estadual, Carlos Batista, visitou a unidade escolar nesta segunda-feira, 10, para conferir a situação dos indígenas que precisaram deixar suas casas.
“Temos sete famílias da etnia Huni Kuin, do bairro Base, que foram afetados. Ontem, nossa equipe da SEASDH já fez a entrega de colchões, kits de limpeza e alimentos para as 32 pessoas, e hoje vim conferir como está. Estamos preparados para as que forem chegando. Temos o compromisso de oferecer um ambiente mais digno e com estrutura para acolher as famílias”, disse a gestora.
O Rio Acre ultrapassou a cota de alerta na manhã deste domingo, 9, em Rio Branco. De acordo com a coordenador da Defesa Civil Municipal, na medição desta segunda, ao meio-dia, o nível do rio chegou a 14,20 metros, ultrapassando a cota de transbordamento, que é de 14 metros. As chuvas nas últimas 24 horas acumularam 11,2 mm, contribuindo para a elevação do nível da água.
Batista informou que a Defesa Civil do Estado trabalha junto com a Defesa Civil Municipal para garantir apoio imediato. “Com o transbordamento, estamos prontos para apoio imediato. Toda a estrutura do governo já está mobilizada para assistência e remoção de desabrigados”, reforçou o coordenador.
O governo do Estado segue trabalhando integrado com a prefeitura na montagem do Parque de Exposição com reforço na segurança do abrigo. Parte do efetivo da Polícia Militar convocada pelo governador Gladson Camelí já está de prontidão para proteger as famílias abrigadas.
Além disso, o suporte humanitário tem sido prioridade do trabalho nas secretarias, como a de Assistência Social e Direitos Humanos. “Avançamos no diálogo com o Município, no sentido de estruturarmos abrigos temporários com espaços mais adequados, assim como para otimizar a distribuição de ajuda humanitária”, explicou Mailza.
Mesmo com a chegada dos desabrigados, as atividades da escola não foram suspensas, e as aulas seguem normalmente.
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